quinta-feira, 30 de abril de 2009

Vale a pena Sonhar.

Sinto falta do passado, quando todos no meu mundo eram felizes e eu, ingenuamente, não percebia a tristeza escondida por trás de tantos sorrisos. Onde eu me contentava em apenas ser o que eu era, e não planejar minha vida sobre um caminho difícil e árduo. Sinto falta também dos meus sonhos, ou melhor, da maneira como eu os interpretava. Dos doces abraços. Da indiferença ao dinheiro. Sinto falta de não ter tudo o que tenho hoje.

Há alguns meses atrás, assisti ao filme O Curioso Caso de Benjamin Button. É quase como uma concretização de um sonho, uma utopia. Imagino o quanto seria bom nascer velho, o quanto seria bom ir ficando jovem com o decorrer do tempo. Assim a cegueira, as dores nas costas, os reumatismos e as demais condições impostas pelo avanço da idade iriam sumindo. Não ter a infelicidade de não poder optar por esquecer ou não o rosto de alguém. Uma recompensa. Uma caçada, a onde no fim nós realmente encontraríamos um tesouro que vale a pena: a juventude juntamente com maturidade e experiência adquirida através dos anos.

Pensando bem, a utopia está mais longe: nascer com o corpo e a mente de pessoas adultas, idosas. Com o tempo esquecer que precisamos de remédios para a artrite, esquecer da maneira certa de cultivar nossas hortas, sermos sensatos o suficiente para não pensarmos em política. Um sonho. Isso sim seria uma verdadeira evolução: aprender a não se preocupar com as coisas. Ser maturo o suficiente para ser feliz.