Alma e cérebro. Ninguém tem um cérebro carinhoso, assim como ninguém tem uma alma inteligente. E mesmo sendo tão imiscíveis, estas duas essências se misturam dentro de nós. Mesmo que em proporções diferentes.
É isso é que nos faz humanos. Esta mistura. Esse rio púrpura e invisível que corre pelo nosso corpo, o tempo todo.
Escuridão. Uma pequena luz de um abajur no chão.
Um corpo espalhado nas lajotas brancas. O silêncio gradativamente é cortado pelo som das batidas de um coração.
- Eu deveria me importar? Ela não é nada.
Tenta levantar o rosto em direção a luz do abajur. Se arrasta lentamente na sua direção, porém logo fica exausto. Ele está cansado e não consegue dormir com tanta luz.
Há muito tempo não encontra forças. Sente dores não só nos músculos e órgãos, mas também no seu espírito.
Vira o rosto para o lado, encostando sua bochecha no chão gelado. Um lágrima desce lentamente a sua face.
- Eu tenho que estudar. Já é tarde demais pra pensar nisso.
Repentinamente, a força da gravidade aumenta. Seu corpo é, fortemente, pressionado contra o chão. A lâmpada do abajur se solta do pedestal e cai no chão, mas, mesmo assim não se quebra.
- Quando eu mais preciso de alguém, não consigo encontrar nada.
Tenta se erguer, tentativa em vão.
- Nunca estão em sintonia comigo. Será que nunca percebem quando eu preciso de alguém?
Consegue ajoelhar-se. A lâmpada já não parece estar tão distante e se brilho está mais intenso.
- Pessoas, paixões... Eu tenho ambas, e ambas não me satisfazem. Acho que o problema realmente é comigo.
Trevas repentinas. Respiração ofegante. O som do esforço. A lâmpada do abajur acende-se. Agora, o rapaz já esta de pé.
Calças jeans, camisa branca e lisa, cabelos bagunçados, barba por fazer e óculos baixos. Um verdadeiro retrato de um náufrago. Ele é a ilha.
- Preciso dormir. É a prova mais importante da mina vida. Eu não posso e nem tenho que preocupar, me abater, com isso.
Locomove-se a passos lentos e esforçados. Vai arrastando seus pés em direção ao abajur.
- Existem pessoas interessantes, e eu não sou uma delas. Nunca fui o queridinho de alguém, já deveria estar acostumado com isso. Acho que as pessoas não fazem o meu tipo.
Escuridão novamente.
- Ser engenheiro, é isso que eu preciso. Pode não ser meu sonho... pode até ser que eu não tenha sonho.
A iluminação volta ao normal. Ele já está diante a lâmpada. Com seus olhos, ele cobiça a luz. Nos seus olhos, a neutralidade dá espaço a vários sentimentos: fascínio, obsessão.
- Afinal, a gente tem que sonhar. - E apaga a lâmpada. Escuridão.
- E amar também
-----
Muitos erros gramaticais. Eu sei. Mas eu simplesmente não vou conseguir reescrever ou consertar os defeitos sem ter a ontade de apagá-lo por completo.
domingo, 31 de maio de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)