segunda-feira, 15 de junho de 2009

Jardins.

Ando descalço sobre o mármore branco e frio do pátio, é manhã de um sábado frio. Inexplicavelmente, meu olhar é atraído para o jardim que me pai cultiva.
O jardim está morto, e as poucas plantas que restaram, estão murchas, definhando.
Me agacho, olho-as com certa pena, e digo em voz alta para que meu pai - que lê jornal no momento – escute.
- Deve ter formigas na terra, devem ter afetado a raiz.
Ele põem o jornal sobre a mesa, retira os óculos e os coloca sobre o jornal e desliga a luminária. Aponta os seus olhos para o nada e diz:
- É, foi a irmã da tua mãe que jogou arroz e feijão aí, logo depois as formigas tomaram conta.
- O quê? Arroz e feijão? Por que ela fez isso? – eu exclamo, já revoltado.
- E por que mais seria? Preguiça oras, tava comendo na janela e teve preguiça de levar os restos pro lixeiro.
Nesse momento sinto a mesma revolta no tom de voz de meu pai.
- Mas que... – eu simplesmente não sei mais o que dizer.
- Eu tentei tirar, mas já era tarde demais, elas já tinham danificado toda a raiz. Fiquei doente por uma semana.
Ele se levanta, dá as costas para o pátio e vai em direção a cozinha. Mas antes de ir, ele diz uma ultima coisa:
- Cada idiota com sua idiotice.

Sempre vai existir alguém para destruir nossos sonhos. Sempre haverá alguém para vedar nossos olhos da alegria. Não importa o quanto nos dediquemos nem o quanto isso é importante ou singelo. Sempre haverá alguém para destruir nossos jardins.
Mas fazer o quê? Só nos resta conseguir flores novas, um adubo mais sadio e tentar novamente.

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Eu deveria ter postado esse texto no sábado, que ficou bem melancólico com esse negócio do jardim.
Em compensação o domingo foi LINDO, PERFEITO, EXPLENDIDO. Simplesmente um dos melhores dias da minha vida. Agradeço a todo mundo pelo passeio na praça: Kalinna, Vivianne, Ph, Eneas, Mãe da Kalinna enfim, todos.

Faltam só 15 dias para a reta final. Curso de férias, manter o habito de escrever alguma coisa todo o dia, por mais medíocre que seja, exercícios e revisões diárias. Esse é o ano.

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